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sábado, 17 de maio de 2008

Depilação Masculina...






Estava eu a assistir a Tv. numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando com minhas "partes".
Após alguns minutos ela veio com a seguinte ideia:
- Por que não depilamos os teus ovinhos?
Assim eu poderia fazer "outras coisas" com eles.
Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça.
Por alguns segundos fiquei imaginando o que seriam "outras coisas".
Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu imaginando as "outras coisas" não tive mais como negar e concordei.
Ela pediu-me que ficasse nu, enquanto buscaria o material necessário para tal feito.
Fiquei olhando para a TV, porém minha mente estava vagando pelas novas sensações, que só acordei quando ouvi o bip do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plástico.
Achei meio estranho aquilo tudo, mas ela estava com um ar de "quem sabia da coisa" que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se como estagiário.
Fiquei calmo e autorizei o processo.
Pediu que eu ficasse numa posição de quase-frango-assado e desimpedisse o aceso à zona do agrião.
Pegou nos meus ovinhos como quem pegasse em duas bolinhas de porcelana e começou a passar cera morna.
Achei aquela sensação maravilhosa! O Sr. Pinto já estava todo "pimpão" como quem diz: "sou o próximo da fila!"
Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as "outras coisas" que viriam.
Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viajem.
Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na Tailândia, na China ou mesmo pela Internet.
Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um puxão repentino.
Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUUUUTA QUEEEE PARIUUUUUUU quase gritado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado colado ao plástico. Mas ela disse que ainda restaram alguns pelinhos e que precisava passar de novo.
Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!
Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazónica em extinção e fui para o WC.
Sentia o coração bater nos ovos.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molho o saco antes de molhar a cabeça.
Fiquei alguns minutos, só deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho acabado de nascer e… faz merda atrás de merda… peguei no meu gel pós-barbear, com camomila "que acalma a pele", enchi as mãos e passei nos ovos.
Foi como se tivesse passado molho picante.
Sentei no bidé na posição de "lava tcheca" e deixei o chuveiro acalmar os Drs, peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem abana um boxeador no 10° round.
Olhei para o meu pinto.
Ele, tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia irmão gémeo do meu umbigo.
Nesse momento minha esposa bate na porta do banheiro e perguntou se eu estava passando bem.
Aquela voz, antes tão aveludada e sedutora, ficou igual uma gralha.
Saí do banheiro e voltei para o quarto.
Ela estava argumentado que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer.
"Pela espessura da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, os meus ovos vão ficar que nem os das codornizes!", respondi.
Ela pediu para olhar como estavam.
Eu disse para olhar a meio metro de distância e sem tocar em nada e se rir, vai haver PORRADA!
Vesti o pijama e fui dormir (somente a parte de cima).
Naquele momento, sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
No outro dia pela manhã fui-me arranjar para ir trabalhar.
Os ovos estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros.
Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca antes visitados.
Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo e nada.
Vesti a calça mais folgada que tinha no guarda-fatos e fui trabalhar mesmo sem cueca.
Entrei na minha secção andando igual um cowboy cagado.
Dei os bons dias a todos, mas sem os olhar nos olhos e passei o dia inteiro a trabalhar em pé com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.
Resultado, certas coisas devem ser feitas somente pelas mulheres.
Não adianta tentar misturar os universos, masculino e feminino.

1 Comentários:

Blogger Sérgio Pontes disse...

Coitado! Não te invejo a "sorte"!

Abraço

25 de maio de 2008 às 15:08  

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